«O crime da corrupção visa subtrair a função pública à venalidade, promover
a pureza das instituições do Estado, criar uma contra motivação para o mau uso
dos deveres funcionais».
Este conceito de corrupção se tornou normal para as pessoas. Há quem diga
que a corrupção viabiliza a vida nas suas distintas aplicações. Mas, nos
cingimos no sector educacional onde o estudo sério se aplica.
Movidos pela ideia de facilitismo provocada pelo fenómeno corrupção, os
jovens põem de lado o estudo sério, a dedicação, o esforço de poder singrar nos
estudos. Ficar reprovado é uma asneira, tolice, é resultado de quem não tem
visão, aquela visão que se limita em falar com o professor da cadeira em que se
está mal, de modo que a classificação seja apto(a). Deste modo, a corrupção
entra em jogo, passa a ser a “VIA PÚBLICA” onde todo trânsito é permitido.
Os jovens estudantes assumem contacto com os próprios professores, com o
objectivo de lhes concederem um 15 na pauta final. É a realidade das nossas
escolas que se tornaram em «autênticos supermercados de venda de notas e
certificados». De onde vem esta razão? Tudo se principia quando na sala de aula
o professor não elucida com prontidão o conteúdo do assunto, o que desencadeia
a não compreensão do assunto por parte dos alunos, com o objectivo destes
pedirem uma explicação. Assim, o professor aceita a proposta e concede a
explicação; e como a filantropia espera retribuição, o professor é compensado
por um valor monetário vindo dos alunos.
Por outro lado, a presença dos alunos na explicação já é sinónimo de
positivas na pauta, porque eles já compraram as suas notas e vão simplesmente à
explicação para marcar presença. É o que se vê hoje: alunos que têm muitas
abstenções nas aulas mas no fim passam de classe; professores que não dão aula
com destreza; professores que não têm carisma de ensinar; professores que não
entendem o que leccionam.
Nestes casos, a corrupção destrói não só o próprio aluno mas também o
professor, se considerarmos aquele valor de educação proposto por Platão que se
concretiza na formação, construção da pessoa, no bom cidadão capaz de governar
a polis.
Contudo, é preciso que a corrupção seja banida pelos próprios alunos e
professores. Que os professores não sejam de periferia, que saibam dar uma
educação formal, porque esta se destina na transmissão de valores,
conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à prática da vida do
dia-a-dia.
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