A vida contemporânea trouxe consigo enormes e fascinantes novidades.
Antigamente, não se tinha incidência às comunicações a distância. Hoje, há
influência em tudo que vemos, na cultura, na política, no desporto, na religião
e na economia. São as radiações da globalização que têm como escopo ajudar o
homem a desempenhar os seus trabalhos.
É certo que tudo que existe no universo é bom, porque serve para edificar
ou fazer nascer uma outra coisa material, aliás, a ontologia diz-nos que tudo
que tem ser é útil. Pelo contrário, um ente (tudo que existe na natureza), um
ser mal utilizado torna-se inútil porque acaba por prejudicar o próprio utente.
Com efeito, a globalização bem aplicada traz muitos êxitos, uma vez que
ela em si é boa. O que se nota na nossa juventude é o contrário.
As preocupações do tempo presente são todos os meios, todas as radiações,
reflexos do fenómeno globalização. Os mais visíveis como o IPOD, TV CABO,
VÍDEOS, MP3 e MP4, TELEFONES, DISCOS, PENDRIVES, PARABÓLICAS bem como a
INTERNET, causam preocupações aos jovens estudantes, fazem com que os jovens
não se dediquem com todo afinco aos estudos. O normal seria se eles tirassem partido
desses meios para serem mais inteligentes e mais doutos, de modo que os seus
estudos fossem sérios; mas não, os jovens entendem mal os efeitos da
globalização aplicando-os sem lhes tirar partido ou, a globalização é entendida
de forma negativa pelos jovens.
As preocupações dos jovens estudantes são as músicas, as novelas, as
festas e as modas. Deste modo, perdem tempo a palrar, a tagarelar, a gastar
dinheiro para se estar a “pari passu” destas realidades. Hoje, o que “bate” é
estar nas festas, é não perder de vista a moda, isto é, ter os calçados e as vestimentas
mais caras, é ter um telefone com acesso à Internet, vídeos, MP3, MP4 para se
estar sempre informado e manter o contacto para novos “SHOWS”, concertos e matinés,
porque «[…] todo aquele que não vive com o telefone e a TV faz já parte de um
mundo que morre».
Assim, nestas circunstâncias, não se pode ter um estudo sério, visto que
o estudo necessita de concentração, atenção e silêncio, para que o conhecimento
se apodere de nós. «O conhecimento não vem de fora para o homem, mas é um esforço
da alma para apoderar-se da verdade». E para se atingir essa verdade, o único
caminho viável é o estudo sério que não se realiza no barulho das festas nem da
assistência assídua das novelas.