Estudar
é o mesmo que decorar ou decorar é o processo de assimilação da matéria depois
de compreendida?
É sem dúvida
que o estudo tem sempre um escopo por se atingir. Na gama dos interesses dos
estudantes reside um único objectivo quando se está em processo de formação:
atingir notas altas que garantam uma classificação plausível no fim do ano
académico. Com efeito, torna-se obrigatório assimilar todo conteúdo da matéria.
O estudo
ganha carácter de estudo quando compreendido e depois assimilado. Deste modo,
decorar será o fim, a meta que passa pela lucidez e compreensão do assunto. É
verídico que decorar é «fixar na mente, na memória», quando o que se estuda é
compreendido, aclarado.
O estudo
pressupõe o decoro, em virtude de tudo que se decora é antes estudado, um
estudo que se prende com a captação dos conceitos e não das palavras.
Estudar deve ser uma realização que priorize o cultivo do raciocínio, da
reflexão conforme alega Salomão[3]. Assim, o esforço que se faz durante o estudo de um assunto vai
despertando o poder da reflexão, e ao mesmo tempo que se reflecte, a matéria
vai sendo gravada na mente. O jovem que consegue notas para passar de ano por
“chutar”, decorar a matéria, ou até mesmo por colar, jamais aprende realmente a
raciocinar. […].
Contudo,
estudar confina-se na reflexão, no raciocínio, com o objectivo de se
compreender a matéria para depois ser gravada na mente com naturalidade.
Decorar e estudar são dimensões distintas, mas não se estuda só e nem se decora
só, ambas dimensões equivalem-se de tal maneira que o que se estudou seja
assimilado ou gravado na mente.
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