Mohammed Morsi |
As forças armadas retomaram o poder no Egipto. O Exército
depôs o presidente Mohammed Morsi e dissolveu o parlamento dominado pelos
islamitas. O chefe de Estado foi detido, juntamente com os seus próximos, e
transferido para o Ministério da Defesa e os tanques patrulham as ruas das
principais cidades do país.
O general
Abdel Fattah Al-Sisi, chefe do Exército, decretou a “suspensão temporária da
Constituição” e disse que o presidente do Conselho Constitucional, Adly
Mansour, “irá prestar juramento” esta quinta-feira, “liderar o país durante o
período de transição” e “convocar eleições presidenciais antecipadas”. O
general prometeu também que o Exército irá “manter-se afastado da política”.
Os militares
apertaram o cerco aos islamitas, detendo a liderança do Partido Liberdade e
Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, e emitindo mandados de captura
para 300 dos seus membros.
Pouco depois
do Exército decretar a destituição de Morsi, o chefe de Estado deposto surgiu
num vídeo difundido através da Internet, no qual sublinhava que continua a ser
“o presidente eleito do Egipto” e apelando aos apoiantes para defenderem a sua
“legitimidade” através da “resistência pacífica”.
A situação no
Egipto inquieta o Ocidente. O presidente norte-americano e o secretário-geral
da ONU manifestaram “preocupação”, enquanto Bruxelas reclamou novas eleições
presidenciais.
Morsi, afecto
à Irmandade Muçulmana, é o primeiro presidente eleito no Egipto desde a queda
do regime de Hosni Mubarak no início de 2011.
VEJA MAIS INFORMAÇÕES: Egipto, Mohammed Morsi, Abdel Fattah Al-Sisi
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