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terça-feira, 2 de julho de 2013

Eduardo dos Santos fala à Juventude


Discurso pronunciado por Sua Excelência José Eduardo dos Santos, Presidente da República de Angola, no encontro com Associações Juvenis e Estudantis


Luanda, 21 de Junho de 2013



SENHOR MINISTRO DA JUVENTUDE E DESPORTOS, SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DA JUVENTUDE, ESTIMADOS CONVIDADOS, CAROS JOVENS,



Estão aqui presentes os dirigentes das Associações Juvenis e Estudantis mais representativas do país e é com muito prazer que saúdo em vós toda a juventude angolana, de Cabinda ao Cunene, desejando a todos os jovens boa saúde e muitos êxitos no seu trabalho e estudo.
Hoje, na nossa sociedade, as pessoas exprimem as mais diversas opiniões sobre o comportamento e a atitude da juventude na sociedade e face aos problemas nacionais. Uns dizem que os jovens não respeitam os nossos usos e costumes nem as nossas tradições, mesmo quando elas não são negativas; que não assimilam os princípios e valores morais e éticos de que são portadoras as gerações dos seus pais e avós, revelando uma educação deficiente ou mesmo falta de educação.
Outros afirmam que os jovens estão a consumir cada vez mais bebidas alcoólicas e drogas proibidas, envolvendo-se por vezes em actos anti-sociais. Isto é verdade, mas também é verdade que é uma minoria que tem esse comportamento e essas atitudes negativas.
A imensa maioria dos jovens deste país tem uma consciência política e patriótica elevada, é educada, está consciente dos seus deveres e contribui para o desenvolvimento nacional. É por isso que devemos trabalhar todos juntos - Governo, Partidos Políticos, Igrejas e Sociedade Civil em geral - para recuperarmos todos os que se estão a desviar do caminho certo, estudando bem as causas desse comportamento e encontrando para ele as soluções adequadas.

Em todas as etapas e fases da nossa História a juventude foi sempre a força principal em que os dirigentes máximos se apoiaram para conseguir transformar a sociedade. Foi sobretudo a juventude que pegou em armas para combater contra o colonialismo e para vencer as forças do Exército do 'apartheid' no Cuito Cuanavale e foi também a juventude que criou as condições no terreno para a obtenção da paz.
Agora, na fase da reconstrução nacional, a força activa, a força de trabalho para a mudança, continua a ser maioritariamente constituída por jovens. São sobretudo jovens também os que estão nos nossos centros de formação profissional, nos institutos médios e superiores e nas universidades, a prepararem-se para o futuro.
O Governo apostou sempre na juventude. A maior parte dos seus programas destinam-se à resolução dos problemas dos jovens, porque eles constituem a maioria da população. É evidente que ainda não alcançámos a prosperidade para todos e não vivemos num mar de rosas. Mas vencemos o abismo em que nos encontrávamos e em que o país parecia não ter futuro.
Agora temos também desafios, como tivemos no passado, mas construir um futuro para todos está ao nosso alcance. Basta que cada um - dirigente, quadro, trabalhador, professor, empresário, homem, mulher, jovem, etc. - assuma com consciência o seu papel social e no seu posto realize o trabalho que lhe cabe.
Para o país, ontem foi pior do que hoje e o amanhã pode ser melhor do que hoje. Tudo depende de nós. É preciso acreditar, ter confiança em nós próprios e trabalhar juntos. O bom futuro para todos só pode ser o resultado de um bom trabalho de todos feito a favor do desenvolvimento da Nação angolana.
O Governo continua a contar com a participação de toda a juventude. Neste processo, é fundamental o diálogo e a concertação de ideias para a procura de consensos à volta de programas e projectos de interesse colectivo, porque reforçam a compreensão e facilitam a mobilização para a aplicação prática desses projectos.
O Governo e as Associações Juvenis e Estudantis podem aprimorar as Vias desse diálogo para que seja mais fluido e útil para todos e para o país. Angola está em reconstrução e todos os que por aqui passam dizem que o país está a mudar para melhor desde que conquistámos a paz. É preciso defender a paz, manter viva a esperança e a confiança no trabalho do nosso povo.
Eu agradeço a vossa presença e vou ouvir agora as vossas declarações e preocupações.

Estamos juntos!

4 comentários:

  1. É deveras um discurso importante feito pelo Presidente da Repúbica. Agora é preciso que o Executivo cumpra na íntegra as promessas que tem feito à juventude angolana. Se a juventude é a força motriz da reconstrução de angola então é peremptório que se invista sempre nela.

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    1. Com certeza é mesmo urgente que haja cumprimento das promessas. Como jovens que somos necessitamos de programas firmes que vão dignificar nossa actuação em qualquer sector, área de trabalho.

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  2. De facto é um discurso lindo de ouvir, já q espelha o interesse do executivo pela juventude. Mas é preciso saber se este discurso alberga a juventude angolana como um todo ou apenas a JPMLA.
    O executivo menciona a inclusão social como o principal meio da resolução dos problemas q assolam a camada juvenil, e isso é louvável. Pois o executivo reconheceu as capacidades dos jovens e q podem ajudar muito para o desenvolvimento do estado angolano. Como disse o presidente do CNJ, é um passo positivo dado em termos de Democracia, visto q é primeira vez q o executivo se predispôs a ouvir problemas q afetam a juventude para juntos traçar mecanismos de superação dos mesmos.
    Em suma acho um acto positivo da parte do P.R querer incluir os jovens sem olhar em cores partidárias, em todo processo de desenvolvimento da nação.

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    1. Felizmente nós jovens estranhamos na medida em que somos muito valorizados e a reconstrução deste País é deveras da nossa responsabilidade. Mas também devemos a cada dia aprimorarmos nossas habilidades para podermos encarar os desafios com normalidade.

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