As pessoas físicas ou jurídicas (empresas) que compram e vendem produtos
ou serviços formam o mercado. Ele é o resultado da oferta e procura de bens, o
que nos leva a afirmar que quando um produto possui oferta e procura, podemos
considerar que existe mercado para o mesmo.
A venda de um produto ou serviço depende da oferta. A oferta e a procura
dependem de variáveis do mercado. A oferta e a procura variam conforme a
região, município, cidade, clima, demografia e estilo de vida do público-alvo.
Há o mercado comprador formado por pessoas físicas e jurídicas. A pessoa
física compra constantemente em pequenos lotes. A pessoa jurídica compra
esporadicamente, mas em grandes lotes para revenda.
O mercado comprador representa a demanda, um conceito bastante elementar
de demanda é a procura resultante do desejo, necessidade somado ao poder de
compra do consumidor. O mercado existe quando há oferta de produto/serviço e
procura, a ausência deste fato causa a inexistência do mercado.
Com efeito, entende-se por mercado o ambiente onde ocorrem as trocas
comercias, onde são aplicadas as acções estratégicas das empresas. É no mercado
que ocorrem as oportunidades, as ameaças e onde a empresa analisa suas
potencialidades e fraquezas[1].
Um mercado é um grupo de compradores e vendedores de um determinado bem
ou serviço. Os compradores, como grupos, determinam a demanda pelo produto e os
vendedores, também como grupos, determinam a oferta do produto. Além disso, os
mercados assumem diferentes formas. Às vezes são altamente organizados e mais
frequentemente são menos organizados.
Mercado é ainda segundo
Sayantan SEN « a place where buyers and sellers meet and exchange goods or
services»[2].
Ou seja, um lugar no qual existe um intercâmbio entre vendedores e compradores
para que possam exercer a troca de determinados bens ou serviços.
Encontramos no mercado dois eixos que configuram a relação vendedor e
comprador. A oferta e demanda. Estas representam as forças
que fazem as economias de mercado funcionarem. A oferta e a demanda determinam
a quantidade produzida de cada bem e o preço pelo qual o bem será vendido.
Com efeito, essas irmãs movimentam o mercado. Quais os tipos de mercados
nos quais essa relação se manifesta? Apresentamos o mercado formal e o mercado
informal.
Mercado Formal: nesse sector,
as pessoas procuram empregos que sigam as normas, respeitem os direitos do
trabalhador e que assinem a carteira, além de um bom salário.
Apesar de ser o que menos oportunidade tem a oferecer, caracteriza-se por
ser bastante exigente com os trabalhadores. É um sistema fechado onde a minoria
tem oportunidades de trabalho.
A título elucidativo, Angola apresenta-se como referência, em virtude de
se constatar um enorme índice de pessoas desempregadas. A maior parte sobrevive
criando estratégias que possam proporcionar subsistência.
O mercado formal em Angola está em crescimento muito reduzido por causa
da pobreza que se estendeu a sua população levando a não formação de qualidade
que possa garantir a cada cidadão um lugar de mérito. Há quem diga que o
sistema de governação carece de reforma, que haja mais dedicação por parte de
seus cidadãos para que todos juntos se possa criar oportunidades a todos
mitigando os efeitos de exclusão.
Mercado Informal: é completamente
o inverso. Não há respeito às normas, aos direitos do trabalhador e não assinam
a carteira e ainda há a irregularidade de salário. E por incrível que possa
parecer é o tipo de mercado que mais está em crescimento em nosso país.
A economia informal envolve as actividades que estão à margem da
formalidade, sem firma registrada, sem emitir notas fiscais, sem empregados
registrados, sem contribuir com impostos ao governo.
Existem vários tipos de economia informal, que vão desde vendedores
ambulantes, advogados, manicuros e professores, até mesmo a grandes mercados
informais como a pirataria de obras audiovisuais, tráfico de drogas, mercado da
prostituição e da venda de armamentos ilegais.
Esse sector económico teve um crescimento muito grande nos últimos anos
em razão do aumento da taxa de desemprego em diversos países, sendo, portanto,
reflexos de uma economia globalizada.
As principais causas da informalidade são:
Ø
O excesso de burocracia estatal;
Ø
O elevado número de impostos cobrados pelos
governos, em seus três níveis:
·
A legislação trabalhista, que trata as micros e
pequenas empresas de forma igual às médias e grandes;
·
As restrições ao capital estrangeiro, que geram
um maior índice de desempregados; e os monopólios estatais e as reservas de
mercado, que causam desequilíbrios na livre concorrência e na lei da oferta e
da procura, restringindo o mercado formal
Existem portanto, outros factores que contribuíram para o crescimento
desse sector, como a substituição do trabalhador pela máquina na mecanização
das lavouras e na informatização das indústrias. Assim como o aumento da carga
tributária, que fez com que várias pequenas empresas e comércios deixassem de
ser formais e passassem a ser informais, não pagando mais impostos ao governo.
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